Caso WePink: Empresa de Virginia diz que terceiriza trocas e reembolsos e que envios são automatizados, diz liminar
14/10/2025
(Foto: Reprodução) WePinl, de Virginia Fonseca, é autuada pelo Procon
Reprodução/Instagram da WePink
A empresa da influenciadora Virginia Fonseca, WePink, diz que terceiriza as trocas e reembolsos e faz envios automatizados, segundo liminar expedida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). Segundo o órgão, a empresa de cosméticos não demonstrou correção das supostas práticas abusivas. WePink é alvo de uma ação conjunta entre o Procon e o Ministério Público por atrasos e falta de entrega de produtos comprados online.
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O g1 entrou em contato com a defesa da empresa nesta terça-feira (14), mas não obteve resposta. Na sexta (7), o advogado Felipe de Paula informou que a WePink ainda não foi citada legalmente e que a empresa não se manifestará até que seja citada.
Quanto à autuação do Procon, o advogado da empresa informou que está tratando com o órgão para tentar a revogação da multa, pois continua dentro do prazo recursal.
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Segundo a liminar do MP, a WePink continua promovendo lives para vender produtos sem regularizar as pendências que foram advertidas pelo órgão. Diante disso, a empresa está proibida de fazer novas lives enquanto não for comprovado que há disponibilidade em estoque dos produtos que estão sendo ofertados. Se a WePink descumprir a ordem da liminar poderá ser multada no valor de R$ 100 mil.
Ao atender o pedido de tutela de urgência do MP, o Tribunal de Justiça de Goiás determinou que, além de estar proibida de fazer lives, a empresa de Virginia deverá estruturar um canal de atendimento não automatizado em 30 dias, solucionar reclamações que solicitarem reembolso ou cancelamento e manter o registro de reclamações acessível.
Práticas abusivas
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A WePink foi autuada pelo Procon Goiás, no final de setembro, por atrasos e falta de entrega de produtos comprados online. De acordo com o Procon, a empresa anuncia e comercializa os produtos nacionalmente, mas não realiza a entrega no prazo estabelecido.
O promotor de Justiça Élvio Vicente da Silva informou que a empresa da Virginia, teve 120 mil reclamações registradas em menos de 2 anos (veja acima). Entre os problemas apontados pelo MP, estão propaganda enganosa e censura nas redes sociais com a exclusão de reclamações.
A ação foi protocolada na quarta-feira (8), em conjunto com o Procon. O Ministério Público explicou que a estratégia de ofertas-relâmpago criou um senso artificial de urgência nos consumidores, induzindo à compra impulsiva e explorando a vulnerabilidade psicológica. O uso da imagem da Virginia agravou isso, já que milhares de seguidores confiam em sua recomendação, destacou o MP.
O MP listou as seguintes práticas abusivas contra a WePink:
Falta de entrega de produtos: consumidores que pagaram pelos produtos e nunca receberam;
Descumprimento de prazos: alguns atrasos ultrapassaram sete meses;
Dificuldade de reembolso: resistência da empresa em devolver valores pagos;
Atendimento deficiente: o sistema é automatizado, mas não resolve os problemas;
Exclusão de críticas: a empresa removeu comentários negativos nas redes sociais;
Produtos com defeito: os cosméticos chegam estragados na entrega e estão diferentes do enunciado.
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